domingo, 11 de setembro de 2011

Triste 11 de Setembro



Como todos sabemos, neste dia de hoje, há exatos dez anos uma tragédia tomou conta da manha tranqüila nos EUA. O atentado às torres gêmeas, um fracasso ou um sucesso, o que houve nesta operação? Foram os bandidos ou pessoas sem conhecimento, os culpados? Na verdade, o que aconteceu foi o suficiente para podermos refletir sobre algumas questões e passarmos a entender outras, vejamos...
Um fato como este permite a nós voltar séculos atrás, para Sócrates, na polis grega e analisar a questão do bem. Podemos questionar por um momento: “O que passou na cabeça de quem planejou o atentado? E as mortes? Haviam pessoas em jogo. Pessoas inocentes. Foram vidas. Foram muitas vidas.” Então sabendo que certamente não foi a possível bondade do homem quem imaginou tanta tragédia, o que lhe faltou conhecer? O que lhe faltou entender para que não fizesse tal barbaridade?
Retrocedemos e perguntemos ao velho Sócrates, para onde foi o bem do coração homem ao planejar tal terror? O que este grande filósofo, divisor de águas da antiguidade pensaria sobre o ocorrido? Imagino que Sócrates com sua sensatez espontânea e sua alegria constante diria que não houve reflexão o bastante ou quase nenhuma. Se não há reflexão um ato como esse não era digno de ser realizado. Mas vejamos a parte reflexiva da tragédia: se quem programou tudo isso refletisse o suficiente com olhos e mentes abertas, perceberia que a prática do bem não estaria presente, que não há bondade alguma na dizimação de tange gente que acordou cedo simplesmente para cumprir sua função em harmonia. A reflexão sobre aquilo que estava preste a ser feito seria pertinente para esclarecer as idéias. Mas ocorreu justamente o contrário.
Então, o que ocorre, é que não houve uma busca de se conhecer aquilo que seria realizado. Eu não entrarei aqui, neste momento, em questões políticas, territoriais, sociais e afins, que aliás, sabemos que foi a base do atentado. Mas o fato é que analisando do ponto de vista filosófico, o grande Sócrates lamentaria e diria que a pior tragédia foi não ter refletido sobre a ação, não ter pratica ou alcançado o bem ao invés da deste triste episódio.
Entretanto, o bem sempre esteve presente: nas famílias, nos amigos e em todos aqueles que se prestaram solidários ao ocorrido. Alguns fatos são impossíveis de apagar mas, o bem que se estabelece no coração dos homens, pelo menos daqueles que se dispuseram a refletir, a pensar sobre as próximas realizações, mantém e mantiveram vivas as memórias de todos aqueles que sofreram, que viveram e que morreram. Vamos esperar que esta falta de reflexão e de conhecimento nunca mais aconteça e que o bem venha sempre primeiro, que pensemos antes na prática justa do que na banalização das ações sem razão.
 Que este dia sirva de lembrança e de perspectiva filosófica no que tange a questão do bem e das ações. Lamentavelmente, este capítulo sempre será lembrado na história da humanidade. Mas devemos tentar compreender desde quando a questão da justiça e da bondade sirva como exemplo e esperança para as gerações futuras.

Bárbara Braz**
  

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