segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Ser que se determina



A determinação verdadeira não é exterior a nós, ela vem, antes de mais nada, do nosso próprio interior. O desejo, ou um pequeno impulso de fazer algo, seja lá o que for, surge como uma semente dentro de nós, e são conseqüentemente regados por nossa coragem, força de vontade, perseverança e planejamento. Entretanto, tudo isso só se concretizará se nos determinarmos a realizar algo que idealizamos. Tudo o que pensamos fazer, podemos fazer se quisermos fazer. Fácil assim!
A vontade de colocar em prática uma idéia, mesmo que ela seja pequena, começa aos poucos. As coisas devem ser planejadas, porque nós só nos determinados a fazer algo porque queremos fazer e sabemos, mesmo que por um pequeno instante que poderá dar certo.  E a determinação deve ser verdadeira, porque primeiro você deve acreditar naquilo que esteja se determinando a fazer, do contrário, como poderá imaginar a realização do algo que um dia sonhou, ou planejou? 
Para estar determinado a realizar algo, o ser deve se encher de coragem, pois todas as coisas a serem realizadas envolvem obstáculos e desafios a serem superados,  e a coragem está diretamente atrelada a determinação, juntamente com a perseverança, pois uma vez que se inicia o processo de busca de meios para concretização de algo, dá-se continuidade até que seja alcançado o resultado esperado.  Portanto, deve se manter perseverante durante toda a busca de sua realização. A gente se determina a muitas coisas todos os dias, todas as horas. Mas não percebemos que abandonamos os sonhos ao meio do caminho ou até mesmo antes. Isso é muito comum, mas não deve ser, não devemos perder as oportunidades de avançarmos mais, de crescermos mais, de aprender com a gente mesmo quando conseguimos realizar algo. É como uma vitória alcançada, uma conquista!  E acredite: já seremos vitoriosos se nos determinados a fazer algo e seguir a diante!
Se determinar a algo não é uma tarefa fácil. Exige esforço, habilidades, coragem e muita paciência. Às vezes pensamos que nunca poderemos realizar algo só, e que por isso, precisamos de ajuda de outros, dos amigos, de uma rocha, dos fortes ventos ou do mundo inteiro. Na verdade se ainda que tivermos a ajuda de tudo isso não nos dedicarmos a alcançar o resultado desejado, nada acontecerá e o sonho acabará como as nuvens que se dispersam tão facilmente no ar. Só depende de nós. De cada um de nós. Você delimita suas ações. Você determina seus atos porque você quer que seja assim, embora eu não esteja descartando a possibilidade da intervenção de fatores externos, como a brisa da tarde, uma palavra de alguém conhecido, um olhar perdido no horizonte, o calor quase insuportável do sol do meio dia, um aroma agradável, flores, uma linda música, animais que correm no parque ou na floresta, a tempestade, uma voz e perto ou longe, uma sombra ou definitivamente alguém.
E definitivamente não importa o que seja, o que você deseja. Claro que o Ser deseja ser muitas coisas. O Ser é uma criatura multifacetada de inúmeras possibilidades. Mas ele deve estar atrelado ao foco, ao objetivo, à felicidade- que seja passageira, porque tudo passa- mas felicidade. Então, pode ser uma colcha nova pra sua cama de casal, um brinquedo para seu filho, compras! Pode se determinar a outras coisas como emagrecer para caber naquele vestido azul que você não usa há uns dois ou três anos, pode se determinar a ir ao show do The Killers (aqui eu sou suspeita!), pode se determinar a pegar os jornais todos os dias na caixa de correio que fica na frente de seu jardim, pode se determinar a cozinhar um frango assado, um strogonoff de frango ou frango frito, pode se determinar a finalmente aprender mitose e meiose (que a biologia não me ouça agora!), pode se determinar a entender porque alguns cometas apenas passeiam pelo imenso céu de tempos em tempos, pode se determinar a escrever o que houve durante o seu dia, pode se determinar a corrigir seus erros- que não são poucos e nunca é tarde para corrigi-los!- pode se determinar a cortar o cabelo, tomar um suco de limão com beterraba, laranja com abacaxi ou manga e melancia, pode se determinar a querer ser muito mais, a viver muito mais. Mais um dia, alguns minutos, anos para ser bem melhor, ouvir melhor, falar mais com as pessoas, falar mais consigo mesmo, aprender consigo mesmo.
Para se determinar a algo entenda antes que, tudo consiste em estar na mente, no espírito e no coração; ou seja, em seu interior mais sublime e perspicaz, onde você pode encontrar as respostas. Portanto, não há motivos algum para que o ser não se determine a algo, ao nada. Todos os dias queremos alguma coisa, sonhamos alguma coisa. O importante é não desistirmos de querer alcançar alguma coisa.
Não desista! Persista!

Bárbara Braz**

sábado, 17 de setembro de 2011

Buscar a Paz




Algumas vezes, durante a nossa vida terrena, dizemos que sentimos paz, em alguns momentos. Mas se “sentimos”, significa que passou. E a paz, não deve ser uma sensação passageira, mas uma alegria e um bem estar constante que nos permita viver da melhor maneira possível, apenas um com belo e agradável sorriso no rosto!
Para que esse sentimento se instaure dentro de nós e faça morada em nossos corações, é preciso que esqueçamos as coisas ruins que passamos e vivemos, que nem em sonhos tenhamos pensamentos que não irradiem a paz. A nossa mente deve se encher de boas lembranças e não de pensamentos ruins e negativos. É a mente que coordena nossos pensamentos e pensamos aquilo que sentimos, porque os sentimentos interferem diretamente em como nos sentimos.
Dessa forma, o que compartilhamos com os outros, com nossa família e com o nosso próximo será tudo aquilo que sentimos, portanto é também nosso dever tentar compartilhar sempre sentimentos bons com o próximo, porque queremos ver o próximo bem também, feliz também, assim como nós. Portanto se nos sentimos bem, se buscamos a nossa paz todos os dias e a cada segundo de nossa vida, buscamos também a paz para o próximo.
Para verdadeiramente buscarmos a paz, devemos estar em sintonia com nós mesmos. Devemos cumprir com a alegria que o nosso ser espera. Devemos fazer o possível todos os dias para nos sentir bem e nunca perdermos a alegria, isso é fundamental para o engrandecimento do ser. A paz deve ser construída freqüentemente porque desejamos isso, para nos sentir leves, felizes alegres e transmitir toda essa maravilha da paz para os outros.
Mas, como buscar a paz? Lembremos antes que o resultado daquilo que buscamos e que desejamos não apenas reflete em nós e em nossa vida, mas no outro, naquele que está perto de nós, seja amigo, parente ou qual ser – humano. Nesse sentido, se queremos a paz para nós, queremos a paz para o outro e incentivaremos isso em nós mesmos, numa busca de dentro para fora. Porque, a paz é interna, mas seus reflexões são externos. Sua alegria e seu sorriso vêm da paz que você sente. A sensação de bem estar e de paz interior que reina no ser, aumenta toda vez que este compartilha esse sentimento com o outro. Entretanto, se, não quisermos buscar a paz, devemos novamente refletir, pois grande parte de tudo o que fizermos na vida e que nos deixará feliz, certamente será porque você estava em paz consigo mesmo e que, por esse motivo, pode conseguir sentir-se feliz e fazer o outro feliz também!
A paz não cabe apenas em mim, mas em qualquer outro ser- humano. Então, antes mesmo de buscar a paz, refletiremos sobre sua importância para nossa evolução enquanto seres humanos. E, refletiremos e buscamos entender a necessidade de se buscar essa paz. Entendendo isso e querendo verdadeiramente buscar a paz, então vá fundo! Corra! E busque verdadeiramente encontrar isso dentro de você. Não é lá fora, não é no campo, dentro de casa, na floresta, na montanha ou no vale, é dentro de você! É lá que está a paz. Lá está a paz que deve ser lapidada e construída a cada dia para sempre ser forte e alegre.
Paremos. Não é somente a busca da paz, se trata de uma conquista. Você tem que conquistar você mesmo! A paz o fará ser feliz e você será campeão de você mesmo por se sentir assim! Vamos buscar entender e agir em prol disso, vamos lá! Em prol de nossa paz, em prol de nossa própria felicidade. Pare agora! Olhe em sua volta. O ser é cheio de coisas pra olhar em volta. E tem muitas coisas! Veja! Há rios, lagos, oceanos. Há casas, barcos e prédios. Há crianças, homens e velhos. Há muitas crianças sorrindo pra você! Há também árvores, frutas, navios e luzes. Há luzes no natal e todos os dias. Há harmonia e música. Há gatos, patos, borboletas e jacarés. Há também aviões, ônibus, passageiros, bilhetes, cartas, muitas cartas e jacarés. E após observar tudo isso ao seu redor, pergunte a si mesmo se então é necessário buscar a paz. E digo-lhe, a resposta está dentro de você! Veja!
E eu posso afirmar com certeza e com o coração cheio de esperança que a paz é a conquista mais corajosa da alma!

Bárbara Braz**

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Paz



Para quase tudo –ou tudo- na vida, é preciso que haja um processo de reflexão pelo ser humano. Não estou falando de um processo qualquer, é algo longo, árduo. Nem sempre agrada às pessoas porque exige algum esforço, dedicação, boa vontade, exige o “querer mesmo refletir”, o “querer mesmo entender”, enfim. Exige que o ser se disponha,  a se por a refletir, se determine a isso por algum tempo em sua vida, durante o seu dia.
Há duas partes fundamentais no processo de reflexão (também filosófica): a primeira é o ser querer refletir, sentir a necessidade de refletir pra compreender, desejar isso porque acha importante e por auto-disposição, não por intermédio de outrem. A segunda parte e não menos importante é a paz interior, fator fundamental para uma reflexão consciente e harmoniosa. Pensemos: se não você não estiver bem consigo mesmo, se não estiver em paz, quero dizer,  se estiver em conflitos com você mesmo, conflitos internos, se estiver com sentimentos ruins como raiva, rancor, inveja, ódio e amargura, como, eu lhe pergunto, como oh ser, conseguirás refletir e refletir filosoficamente?
E digo mais, antes mesmo de nos prestarmos a nos esforçar para refletir, um longo e precioso processo é o de manter a paz interior. Com uma mente tranqüila, não conturbada por pensamentos ruins ou perturbadores, com um coração limpo e um espírito leve, certamente, há grandes chances de a reflexão fluir como as ondas do mar e ao fim desembocar num entendimento que retornará á sua própria alma. Isso é também uma forma de engrandecimento pessoal. E, se sentir bem consigo mesmo não é apenas importante para permitir um bom processo de reflexão. Se sentir bem consigo mesmo é fundamenta para qualquer coisa que você for realizar na vida. E se estamos bem, certamente conseguiremos realizar- possivelmente com alegria- tudo o que planejamos.  
A paz interior não é “impossível”. Mas, se realmente não quiseres estar em paz, não quiseres entender a importância disso, não há ninguém para te ajudar, visto que estar em paz só depende de cada um de nós, querer, ou não. Precisamos disso para seguir em frente! Precisamos de paz para nos sentir bem e seguir em frente. A reflexão é um processo incessante, contínuo. Um processo que não tem obstáculo, se você não desistir. Temos que e prosseguir! Refletir para aprender. Aprender a viver, a crescer, a sorrir, a fazer as coisas na vida, a ter paz! Aprender a ser. Ser em paz e transmitir essa paz.
 Você também precisa desejar que essa paz esteja em você, que reine dentro de sua vida e de seu coração, para que assim possa fazer o possível para conseguir realizar suas ações  e tentar compreendê-las num processo de reflexão. Reflita também sua própria paz. Ela lhe agrada? Então continue assim, se sentindo bem! E se estás bem, certamente estarás melhor para compreender mais claramente as questões do mundo e tudo que vive nele. Irá compreender mais calmamente tudo o que ocorre dentro e fora de você. Irá refletir de maneira concisa e alegre. Irá refletir e se sentir bem por isso. E compreenderá isso em sua vida. Tenha paz! Isso envolve todo o processo de reflexão. Portanto, esteja em paz consigo mesmo leve isso adiante. Consiga refletir, e buscar compreender cada vez melhor as coisas, busque entender você mesmo a partir de como se sente, isso será importante!
A paz é a base de uma reflexão feliz, que irá alcançar os resultados esperados, certamente. Esteja em paz: irradie bons sentimentos e pensamentos o dia todo e ao fim, no processo de reflexão, olhará diferente para os fatos, vislumbrará as questões e possivelmente as entenderá se permanecer em paz, ou feliz! Um espírito em paz reflete mais nitidamente. Com a mente em paz, com tranqüilidade, mas com a consciência e curiosidade aguçados, logo reconhecerá o aprendizado e aprenderá como entender o que se passa dentro e fora de você através do processo de reflexão.
Para entender o que se passa dentro de você, ou seja, conhecer você mesmo, com certeza deverá estar em paz, sentir isso. Do contrário, viverá um impasse freqüente de idéias, não se reconhecerá e isso será uma tragédia! Mas para conhecer os aspectos externos, tudo o que se encontra “fora de si”, ou seja, num ambiente que não está dentro de você, ou de seus pensamentos ou de seu espírito, é necessário esperança e determinação. A esperança irá levá-lo ir em busca de algo sempre positivo. E a determinação lhe impulsionará a não desistir de buscar algo, de entender algo, de refletir e compreender todo esse processo incansável de reflexão. Entretanto, embora a determinação e a esperança sejam fatores indispensáveis, a paz não pode deixar de existir dentro de você para que então você compreenda o que se passa fora de você. Não há reflexão se não está bem consigo mesmo. Não há entendimento se você não está em paz. Se não estiver em paz, todo o processo de reflexão, terá sido em vão.
Não permita que o processo de reflexão- tão importante para o entendimento e o engrandecimento do ser- seja em vão. Faça valer a pena estar bem e usufruir dessa sensação maravilhosa que lhe permitirá compreender e aprender ao fim de tudo isso. E, oh seres-humanos dotados de esperança e alegria, não há felicidade maior do que realmente aprender e estar em paz. Estejamos em paz hoje e amanhã e amanhã e amanhã!    

Bárbara Braz**

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ser- onde está você?



Já parou para pensar onde você está? Pode parecer uma pergunta irrelevante, mas tem todo fundamento reflexivo. Pare e pense: você já entendeu o que está fazendo? Qual o propósito? Você consegue caminhar na cadeia de articulações em que se envolve? Uma cadeia de redes e pessoas, conhece cada uma delas? Hum? Foi o que pensei.
Então, vejamos... O que acontece é o que o Ser não se situa em seu pensamento. Você diz que está em um lugar, mas seu pensamento está em outro. Ou você está em vários lugares ao mesmo tempo. Estar “ali” deve ser específico! Ou o ser está ou não está. Quero dizer, que o ser deve se entregar ao momento. Deve fazer algo bem feito, deve compreender o porquê de estar ali, em qualquer lugar, mas que esteja somente “ali”. Você não pode estar em algum lugar, não importa onde seja, e viver como se não estivesse, e não compreender nada em torno disso. Será lamentável.
O ser tem que estar onde está! Tem que “ser-estar”. Porque o “ser-estar” vive! Vive, aquele momento, vive os segundos, entende, prossegue na luta, permanece, compreende o sentido, imaginar, planeja, colabora, instrui, flui e segue muito mais adiante. Mas segue sabendo os passos que foram dados, nada está inacabado. Portanto, penso que o ser, deve realmente estar, deve se entregar a “estar naquele momento”, como se aquele momento nunca mais fosse se repetir, e deve se esforçar para encarar as situações, para encara a situação enquanto tal e nada mais além da situação. Depois disso, esteja então, o ser disposto, a encarar as mais novas e futuras situações, sem pensar em outras que ainda irão existir, num futuro próximo.
O ser é aquele momento. Ele significa e representa aquele momento, o que esteja vivendo. Por isso é preciso compreender o momento em que se vive, entender onde você está e o que faz. O que faz para estar ali? O que faz para ser o que é? Tudo isso é  importante haja vista que é necessário que o ser compreenda seu momento, compreenda o sentido do “estar ali”, do “fazer aquilo”, para que isso venha a lhe engrandecer em consciência algum tempo depois. Como disse, o entendimento não é necessariamente imediato, provém de um processo de reflexão e auto-entendimento, analisando os mínimos detalhes de cada passo que se dá para ir “ali” ou “aqui”.
Perguntemos ao ser: então, você já sabe onde está agora? O ser está ai? Que ele então esteja. Agora, amanhã e outros anos, esteja e seja Ser!

Bárbara Braz**

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Espera do Ser



Algumas coisas são naturais do ser humano, como a coragem, a bravura, a determinação, a curiosidade, o riso sem motivo. Mas ele também é naturalmente impaciente. O ser nunca supera sua ansiedade, não compreende os resultados a longo prazo, nem os fatos segregados. Há muito tempo, que o homem vem tentando se restaurar quanto a isso, tentando ser paciente; não estou me referindo a uma grande maioria não, pois a grande maioria não espera nem deseja ser paciente.
O ser deve passar por um longo processo até compreender o quanto é importante ter paciência na vida. Ter paciência para viver. Porque não se vive de repente. E até para que se passem os segundos, os minutos, dias e anos, é necessário paciência. Mas não estou me referindo a uma espera passiva, mas contundente, veemente e ciente, dos fatos e do mundo onde circulam as pessoas. Uma espera calma, mas persistente e civilizada. Uma paciência recheada de esperanças e imbuída da certeza de que ao fim da espera, ao menos alguma coisa seja positiva e repercuta através de muitos mais do que os segundos, os dias ou horas.
Mas a paciência é fundamental, para tudo. Até para que o mundo prospere, é preciso paciência. As flores demoram um tempo a florescer, os frutos e as árvores à germinar, a casa a ser construída, o assunto a ser compreendido, a moça a ser despachada no caixa do supermercado, a fila para embarcar no próximo ônibus para o Piauí, as datas comemorativas, a carne a escaldar na panela, a porta a ser aberta após o toque da campainha, a água a ferver para a criança tomar um banho quente em dias de inverno, o carro a trafegar no trânsito das grandes cidades e tantas outras coisas neste mundo...Temos que esperar. É necessário paciência para compreender a si mesmo e a vida em si!
A espera é indispensável e fundamental. Nada que fazemos tem um retorno imediato, pelo menos não aquilo que esperamos. E se quisermos algo mais eficaz, baseado na reflexão sobre o que seja realizado, certamente haverá um planejamento para um resultado previsto (obviamente talvez seja positivo), mesmo assim, esperar será inevitável. Nesse sentido o tempo é um fator importantíssimo. É no tempo da vida e através dele que refletimos nossas ações, nossas pequenas e grandes ações. Deveríamos nos doar mais ao tempo, ao nosso tempo, ao tempo onde tudo se passa. Não somente o tempo cronológico, mas o tempo da reflexão, do “parar um pouco”, do “dedicar-se a você mesmo”, do "dedicar-se a entender você mesmo", por alguns minutos, ou horas, tempo construído na paciência de refletir, consolidado na espera de um entendimento não muito distante. E, se comprovado este entendimento, então, valeu a pena esperar.
O ser-humano tem que aprender a esperar, e entender o sentido da espera.
Paremos. Se, até para a morte nós esperamos. Se, a vida é um eterno esperar para a transcendência do outro mundo. Se, após tentarmos de tudo neste mundo, ainda assim, devemos continuar a esperar. Porque então não consideramos portanto, este fato tão importante para o nosso viver diário? O viver é um eterno esperar! Se vive esperando por tantas coisas, hoje e a cada dia que se passa e isso é tão comum. Se vive então, a esperar o parque chegar na cidade; a esperar o lançamento do mais novo cd da sua banda favorita; a esperar as compras de Natal; seu filho sair da escola; uma vaga na garagem do shopping; o pagamento do 13º salário; os festejos juninos; o coral da igreja cantar após ter ensaiado por semanas; uma encomenda a ser entregue pelo correio e tudo mais que podemos imaginar e esperar. Se, oh homens deste mundo, esperamos tanto tempo para as coisas desta vida, se esperamos impacientemente por coisas que logo serão passageiras, então, não menos importante é esperar a compreender a si próprio, porque não importa quanto tempo leve, esta espera sempre será válida e, de uma maneira ou outra, enfim, acabará.

Bárbara Braz**  

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Ofício do Ser-Estudante



O ser-ai também é estudante. O estudante é ser-humano, quando se compromete a entender e buscar conhecimentos sobre sua longa vida, seus propósitos e convicções. Nesse sentido, o ser humano é um aprendiz que vive estudante e galgando novos afazeres a sua vida. Se entretêm com novidades e possibilidades que surgem de repente mas que transformam a vida da gente.  E posso dizer que nem sempre o estudante é favorecido, nem sempre consegue alcançar aquilo que foi planejado, mas de qualquer forma ele enquanto ser humano tem o dever de se esforçar o bastante para tentar esclarecer as areias por onde pisam seus pés.
Provas, testes relâmpago, esforço continuo, perseverança e muita determinação, uma verdadeira caixinha de surpresa é a vida do estudante. O estudante tem compromisso e responsabilidade, sua escola é mais que sua casa, é como uma repartição pública: deve servir bem aos outros, passar adequadamente as mensagens e formar de maneira correta os conteúdos ali estabelecidos. E quando ele entra na universidade não é muito diferente não, a rotina continua, a vida é árdua e o difícil trabalho de aprender e ensinar prossegue a cada dia que se passa. Na universidade o estudante, agora altamente evoluído do ponto de vista do senso de humor e bem estar interior, dá passos gigantes para tentar descobri com mais rapidez e agilidade o mundo novo que lhe foi reservado. Um mundo como, como outro qualquer, em que o estudante universitário, ele tem direitos e deveres, no que concerne a sua responsabilidade. Deveres como: tirar boas notas, ser assíduo em sala de aula, ser participativo e constantemente curioso, no que diz respeitos a esclarecimentos de dúvidas sobre o assunto que foi pautado, ser fiel à dedicação para o aprendizado consciente e ser companheiro dos livros e dos colegas que, em forma de equipe, ajudarão uns aos outros, uma melhor maneira de entendimento para que o conteúdo seja assimilado e posteriormente colocado em prática, com outras pessoas na sociedade em que se vive. Os conhecimentos difundidos em sala de aula, mediados pelo professor-orientador, será capaz de atravessar as paredes e os corredores e então dependendo do estudante, ir conhecer o mundo lá fora, pois o estudante leva o conhecimento para onde for, se colocá-lo em prática devidamente.
Entretanto há os direitos, que mais importantes que os deveres, surgem como uma obrigação e talvez também, como um impulso para que os estudantes possam galgar passos muitos maiores. Eles serão gigantes! Decorre dos direitos: ter um ótimo atendimento profissional e pedagógico, e também psicológico oferecido pela instituição de ensino, oportunidades de participação em eventos que envolvam a cultura e o processo de ensino-aprendizagem, claro, no que vá engrandecer à pessoa humana, - o estudante, e tantos outros direitos. Mas é necessário ressaltar que apesar de os estudantes, serem batalhadores, guerreiros com suas armas nas mãos: caderno, caneta e livros, merecem um reconhecimento digno de seu desempenho dentro e fora de sala de aula, pois só saberemos se o estudante realmente adquiriu o conhecimento apropriado, se, quando em meio à sociedade, ele se porta como um verdadeiro ser - humano capaz de estabelecer ligações com o próximo e ajudá-lo a compreender o que foi lecionado em sala.
O estudante tem um desafio, porém, de estabelecer vínculos entre os meios de convivência familiar, profissional e social com o conhecimento aprendido, compreendido, envolvendo conhecimento-ação: ação consciente implica conhecimento aplicado e o desenvolvimento de seu aprendizado. Em linhas gerais, tenho que admitir que o grande ofício do estudante é: superar seus desafios, desafiar a si mesmo e engrandecer sua alma e sua mente de conhecimento, para toda a sua vida.

Bárbara Braz**

domingo, 11 de setembro de 2011

Triste 11 de Setembro



Como todos sabemos, neste dia de hoje, há exatos dez anos uma tragédia tomou conta da manha tranqüila nos EUA. O atentado às torres gêmeas, um fracasso ou um sucesso, o que houve nesta operação? Foram os bandidos ou pessoas sem conhecimento, os culpados? Na verdade, o que aconteceu foi o suficiente para podermos refletir sobre algumas questões e passarmos a entender outras, vejamos...
Um fato como este permite a nós voltar séculos atrás, para Sócrates, na polis grega e analisar a questão do bem. Podemos questionar por um momento: “O que passou na cabeça de quem planejou o atentado? E as mortes? Haviam pessoas em jogo. Pessoas inocentes. Foram vidas. Foram muitas vidas.” Então sabendo que certamente não foi a possível bondade do homem quem imaginou tanta tragédia, o que lhe faltou conhecer? O que lhe faltou entender para que não fizesse tal barbaridade?
Retrocedemos e perguntemos ao velho Sócrates, para onde foi o bem do coração homem ao planejar tal terror? O que este grande filósofo, divisor de águas da antiguidade pensaria sobre o ocorrido? Imagino que Sócrates com sua sensatez espontânea e sua alegria constante diria que não houve reflexão o bastante ou quase nenhuma. Se não há reflexão um ato como esse não era digno de ser realizado. Mas vejamos a parte reflexiva da tragédia: se quem programou tudo isso refletisse o suficiente com olhos e mentes abertas, perceberia que a prática do bem não estaria presente, que não há bondade alguma na dizimação de tange gente que acordou cedo simplesmente para cumprir sua função em harmonia. A reflexão sobre aquilo que estava preste a ser feito seria pertinente para esclarecer as idéias. Mas ocorreu justamente o contrário.
Então, o que ocorre, é que não houve uma busca de se conhecer aquilo que seria realizado. Eu não entrarei aqui, neste momento, em questões políticas, territoriais, sociais e afins, que aliás, sabemos que foi a base do atentado. Mas o fato é que analisando do ponto de vista filosófico, o grande Sócrates lamentaria e diria que a pior tragédia foi não ter refletido sobre a ação, não ter pratica ou alcançado o bem ao invés da deste triste episódio.
Entretanto, o bem sempre esteve presente: nas famílias, nos amigos e em todos aqueles que se prestaram solidários ao ocorrido. Alguns fatos são impossíveis de apagar mas, o bem que se estabelece no coração dos homens, pelo menos daqueles que se dispuseram a refletir, a pensar sobre as próximas realizações, mantém e mantiveram vivas as memórias de todos aqueles que sofreram, que viveram e que morreram. Vamos esperar que esta falta de reflexão e de conhecimento nunca mais aconteça e que o bem venha sempre primeiro, que pensemos antes na prática justa do que na banalização das ações sem razão.
 Que este dia sirva de lembrança e de perspectiva filosófica no que tange a questão do bem e das ações. Lamentavelmente, este capítulo sempre será lembrado na história da humanidade. Mas devemos tentar compreender desde quando a questão da justiça e da bondade sirva como exemplo e esperança para as gerações futuras.

Bárbara Braz**
  

sábado, 10 de setembro de 2011

A Compreensão do Outro


Nós passamos os dias tentando compreender a nós mesmos, tentando compreender porque chove tanto no sul e o sertão nordestino continua seco, os gados continuam secos, as plantas continuam secas, a vida continua seca.
Embora em algumas circunstâncias a vida seja seca por fora, é dentro de nós que ela acontece. O que vemos, sentimos e vivenciamos é o que parte de nosso interior, que aliás, não é seco. Ele é recheado de alegrias, de emoções de tantos sentimentos misturados que fica difícil escolher. E ao contato com o próximo, são exteriorizados de maneira simples e singela. É para o nosso próximo que nos doamos. Não necessariamente aquele que conhecemos diretamente, ou os que vivem em nossa volta, familiares, parentes, não! São todos que podem através de um simples olhar, manifestar compreensão por nós, demonstrar carinho, segurança, afetividade, amor, ternura.
Então, com certeza se dedicássemos uma parte do nosso tempo a tentar compreender o outro, aquele que nos deu bom dia, abriu a porta para nós, segurou nossa mão, não lhe deixou cair, ou aquele que lhe disse um simples “obrigado”, são para esses os olhares, é para todo o próximo a nossa tentativa de compreender o que se passa em nós mesmos.
Tudo isso é muito importante, porque às vezes o outro quer falar, quer nos dizer tanta coisa, e nem nos damos conta disso. Temos que, assim como paramos para fazer o exercício de reflexão, o exercício filosófico, temos que parar para tentar compreender o outro, aquele que tem tudo para nos ajudar, esclarecer nossas dúvidas, clarear nossa visão embaçada de pré-conceitos e mágoas passadas. Porque damos uma nova chance a nós mesmos quando caímos e dizemos em voz baixa: “Eu vou tentar outra vez. Eu vou conseguir!”? Porque então não tentamos dar uma chance para compreender o outro, aquele que passa por nós até mesmo no período de alguns segundos? Talvez o outro tenha muito a nos dizer.
Mas para isso, para que haja esse entendimento para com o próximo, nosso irmão, o qualquer pessoa que esteja ao nosso lado, mais um exercício é necessário, o da paciência. Porque assim como todas as outras virtudes da vida, a paciência nos faz prosperar, concomitante seja o nosso grau de entendimento de nós mesmos e do outro. Vamos tentar parar mais uma vez e dessa vez, ter mais paciência para escutar, para enxergar mais nitidamente, e para acolher o que nos diz: “preciso de você, ajude-me!”.  Até porque, a paciência faz parte do ser humano, sejamos pacientes de nós e dos outros. Escutemos, escutemos!

Bárbara Braz**

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Compreender para bem viver





Com certeza a vida é uma eterna escola, um eterno aprender. É o lugar onde se faz os caminhos e se caminha; onde cada passo é dado cheio de esperanças e com a certeza de que o próximo passo virá a diante. É na vida que se embate as curiosidades, as dúvidas pertinentes, os fatos não explicados, perguntas que escondem seu sentido e é em meio a todo esse dilema que torna-se necessário a compreensão da vida, para que haja algum sentido.
É necessário então, compreender as ações, as mais variadas ações. Pensar e repensar as atitudes manifestas, planejar e compreender o porquê de acordar e saber o que fazer durante todo o dia que segue. A vida é muito complexa, mas o bastante para procurarmos seu sentido em nós mesmos. Cada um tem o dever e obrigação enquanto seres humanos dotados de capacidade de saber, de procurar compreender, conhecer o mundo lá fora. É preciso buscar entender o que se passa no mundo, entre as pessoas, as ruas, as cidades, os carros, as árvores, os patos, os jacarés. Enfim, é preciso buscar compreender tudo aquilo que possa fazer sentido na vida do ser. E é a compreensão desse sentido que faz o ser evoluir para viver cada vez melhor.
É compreendendo a si mesmo, no dia a dia, que a mente irá evoluindo e com isso, o bem estar, o alto astral, o clima perfeito, as boas ações, sensações e alegria que reina no coração e esquenta o interior do ser nos dias de frio.
Algumas pessoas, entretanto, ainda não se encontraram nessa busca a se entender, porque ainda não entenderam o significado e a importância que isso tem para que se possa viver melhor! E esta vida, está relacionada intimamente ao viver com razão, com emoção e sobretudo com a verdade das ações na vida, com a boa fé do ser para caminhar na vida.
O ser humano pode ser o que for, pode querer ser qualquer coisa na vida, desde quando busque compreender o valor desta vida para o engrandecimento do seu ser!

Bárbara Braz**  


Sobre o ser e o viver



Escrever, ou ao menos libertar algumas palavras para que sigam seu caminho. É assim que este blog atua, libertando algumas palavras que façam a diferença, porque é necessário ouvir e entender. Com o propósito de compreender o outro e a mim mesma, crio este blog para que outros possam entender e refletir sobre as mensagens aqui escritas possam dar mais um passo a adiante, possam criar coragem de refletir sobre si mesmo e suas ações. Com o intuito de ajudar o leitor, o interlocutor, o outro ser humano, ou qualquer um que tiver humildade para ler. Ajudar para o outro realmente ser e abrir os olhos para o viver! De uma maneira simples, vou escrevendo aqui meus pensamentos e reflexões, com a certeza e a esperança de que minhas palavras podem ir muito mais longe, para mim e para o outro.
Portanto sejam todos muitos bem vindos a este blog! Estejam à vontade para ler, comentar e sobretudo, REFLETTIR!
Bárbara Braz**